
Rede elétrica sob suspeita? A teoria que sacode Los Angeles
Uma nova teoria anda chamando a atenção no cenário dos devastadores incêndios florestais em Los Angeles, que já deixaram 16 pessoas mortas e destruíram mais de 10 mil casas e estruturas. De acordo com uma análise recente de dados de rede elétrica, houve um pico incomum de falhas na distribuição de energia justamente antes do início de vários focos de incêndio na região. Mas será que essa coincidência pode indicar um culpado oculto?
Falhas na rede antes das chamas
A Whisker Labs, empresa especializada em monitoramento de eletricidade, identificou um número significativo de falhas na rede justamente nas áreas onde os incêndios começaram. Bob Marshall, CEO da empresa, relatou à Fox News que, no caso do Incêndio Eaton, perto de Altadena, foram registradas 317 falhas apenas nas horas anteriores ao fogo. Outro foco, o Incêndio Hurst, apresentou 230 falhas no mesmo período. Esse volume de incidentes sugere um padrão, mas, como Marshall ressalta, ainda não há prova de que as falhas sejam a causa dos incêndios.
O que são essas falhas elétricas?
Segundo Marshall, as falhas podem ocorrer por conta de galhos encostando nos fios ou pelos próprios fios que se tocam em dias de vento forte, gerando faíscas. Em ambientes propícios, uma simples faísca pode ganhar proporções assustadoras. Mesmo assim, o especialista enfatiza que esses dados apenas mostram uma correlação, não uma certeza de que a rede elétrica seja o estopim dos incêndios.
Consequências e riscos
Os números são alarmantes: até agora, 16 vidas foram perdidas e mais de 12 mil hectares consumidos pelas chamas. Além disso, a energia continuou ativa mesmo com o pico de falhas, o que, de acordo com Marshall, pode causar ainda mais problemas — desde danificar eletrodomésticos até iniciar incêndios em residências. A tecnologia da Whisker Labs monitora com “extrema precisão” essas instabilidades, oferecendo pistas valiosas para as investigações em curso.
Investigação em andamento
Enquanto três dos incêndios foram contidos, outros três ainda continuam avançando, incluindo os enormes Palisade e Eaton. Muitas agências estão envolvidas para descobrir exatamente o que deu início a essa tragédia. A teoria de que falhas elétricas podem ter desempenhado um papel crucial está ganhando força, mas a palavra final ainda pode demorar. Para Bob Marshall, o recado é claro: existem indícios, mas não dá para cravar que a rede elétrica seja a grande vilã.
No fim das contas, a resposta definitiva sobre o que acendeu as chamas que devastaram Los Angeles segue em aberto. Será que a infraestrutura de energia está na mira ou estamos diante de uma coincidência estatística? Por ora, a única certeza é que a investigação continua — e cada pista pode ser fundamental para evitar que tragédias como essa se repitam.