Grande Vulcão Submarino Pode Entrar em Erupção em 2025: Cientistas Apostam em Monitoramento Avançado

Um vulcão submarino colossal, situado a cerca de 470 quilômetros da costa de Oregon (EUA), está no centro das atenções da comunidade científica. Chamado de Axial Seamount, ele se eleva a impressionantes 1.100 metros de altura e possui cerca de 2 quilômetros de diâmetro. As últimas medições indicam um “inchaço” que sugere a possibilidade de uma erupção ainda em 2025 — um evento raro e repleto de oportunidades para pesquisas inovadoras.


O melhor monitoramento submarino do mundo

Ao contrário de outras formações vulcânicas, cujo comportamento costuma ser notado apenas poucas horas antes de uma erupção, o Axial Seamount conta com um sofisticado sistema de alertas. Há cerca de uma década, uma extensa rede de cabos e instrumentos foi instalada ao redor do vulcão, captando em tempo real cada movimento no fundo do mar. Segundo o geólogo Mark Zumberge, do Instituto de Oceanografia Scripps, isso faz do Axial “o vulcão submarino mais bem instrumentado do planeta”.

Um exemplo dessa tecnologia de ponta é o mapa batimétrico em 3D do fundo do mar, produzido em julho de 2014. Nele, é possível visualizar fluxos de lava de erupções anteriores: as áreas em vermelho representam onde a lava atingiu maior altura em relação ao leito marinho, enquanto o azul escuro marca pontos de fluxo mais raso (Crédito da imagem: Susan Merle/Universidade Estadual do Oregon).


Deformação do solo e risco de erupção

Observações recentes mostram que a superfície do Axial está se elevando em um padrão semelhante ao de 2015, quando o vulcão entrou em erupção. Esse inchaço indica um acúmulo de magma nas profundezas, elevando a pressão interna e reforçando as previsões de uma atividade iminente.

Não é a primeira vez que a ciência acerta em cheio: a equipe da Universidade Estadual do Oregon já havia antecipado a erupção de 2015, considerada então a “melhor previsão” vulcânica até aquela data. Agora, os pesquisadores recorrem à inteligência artificial para vasculhar dados sísmicos do período pré-erupção de 2015, buscando padrões que possam melhorar a precisão em futuras previsões.


Uma cautela necessária

O vulcanologista Valerio Acocella, da Universidade Roma Tre, chama o Axial de “vulcão muito promissor” para entender sistemas vulcânicos, mas faz um alerta: “Sempre há o risco de que um vulcão siga um padrão que nunca vimos antes e faça algo inesperado.”

Localizado a cerca de 1.400 metros abaixo do nível do mar, o Axial Seamount oferece um laboratório natural perfeito para cientistas. A infraestrutura de monitoramento analisa desde sinais sísmicos até alterações na forma do terreno, abrindo caminho para descobertas que podem revolucionar a vulcanologia.


Olhando para o futuro

A borda da lava liberada em 2015 (a parte mais escura à direita) ainda se destaca sobre sedimentos mais antigos (canto inferior esquerdo), como mostra a imagem registrada por Bill Chadwick/Universidade Estadual do Oregon, com apoio do ROV Jason/Instituição Oceanográfica Woods Hole. Esses contrastes de cores e formações são pistas cruciais para entender o comportamento do magma em erupções passadas — e, possivelmente, futuras.

Apesar de não haver uma “bola de cristal” capaz de prever erupções com 100% de certeza, os especialistas apostam na combinação de métodos tradicionais e tecnologia de ponta para obter indícios cada vez mais precisos. Como ressalta Acocella, “Precisamos de casos ideais para entender como os vulcões funcionam.” A provável erupção do Axial em 2025 pode, portanto, se tornar um marco para a ciência, ampliando nosso conhecimento sobre os processos vulcânicos e contribuindo para aprimorar a previsão de eventos naturais ao redor do mundo.


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