Psicóloga revela comportamentos comuns que podem indicar Sinais de Autismo

Nos últimos anos, o meio científico tem ampliado sua compreensão sobre os comportamentos de autoestimulação, conhecidos como stimming. Tais comportamentos, que podem variar de movimentos sutis dos dedos a padrões mais perceptíveis do corpo, são inerentes a muitas pessoas. No entanto, sua intensidade e manifestação costumam divergir significativamente em indivíduos que estão dentro do transtorno do espectro autista (TEA).


O que é o stimming?

De acordo com pesquisas recentes, o stimming atua como um mecanismo de autorregulação, auxiliando na gestão de estímulos sensoriais e de estados emocionais. Embora seja algo presente em todo mundo, esse comportamento costuma ter duração e intensidade mais elevadas em pessoas com autismo, reforçando sua relevância como critério de avaliação médica.


Exemplos frequentes e identificação

A psicóloga Dra. Kim Sage elencou diversos exemplos de stimming mais comuns em indivíduos autistas, como:

  • Enrolar ou mexer constantemente nos cabelos;
  • Manipular joias ou pequenos objetos;
  • Interagir com itens como cobertores ou tampas de canetas.

Outras formas podem incluir repetição rítmica — seja de movimentos específicos, trechos musicais ou até mesmo conteúdos de redes sociais. Os especialistas, porém, alertam que só a presença isolada desses hábitos não é suficiente para caracterizar autismo, já que eles também integram o repertório normal de comportamentos humanos.


Por que o stimming no autismo é diferente?

Em pessoas com TEA, o stimming pode se apresentar de modo mais acentuado, com exemplos como bater as mãos (hand flapping) ou balançar o corpo continuamente. Além disso, a prolongada intensidade desses comportamentos é observada com frequência em indivíduos autistas, o que se reflete em períodos mais longos de execução. Estudos apontam que muitas pessoas no espectro do autismo têm menor percepção social sobre o impacto de suas ações, fato que se torna um elemento crucial para o diagnóstico.


Quando buscar avaliação profissional?

Profissionais de saúde recomendam atenção médica quando esses comportamentos passam a prejudicar o cotidiano ou as relações sociais. Nesse sentido, a comunidade médica define critérios específicos para determinar se esses hábitos de stimming exigem intervenções. Alguns exemplos incluem:

  • Interferência na aprendizagem;
  • Desafios de socialização;
  • Risco de danos físicos, quando os movimentos são potencialmente prejudiciais.
@drkimsage

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♬ Debussy Arabesque – Isabelle Perrin

Equilíbrio entre regulação e cuidado

Mesmo sendo um ato natural, o impacto do stimming na qualidade de vida é o fator que orienta possíveis intervenções. Especialistas frisam que qualquer tratamento deve respeitar o papel do stimming como forma de enfrentamento para quem está no espectro autista, ao mesmo tempo que atua na minimização de comportamentos disruptivos ou potencialmente perigosos.


Avanços contínuos na área médica

A cada nova pesquisa, cresce o entendimento acerca de como o stimming influencia tanto o desenvolvimento típico quanto o de pessoas autistas. Esse progresso tem gerado estratégias de tratamento mais refinadas, visando apoiar os indivíduos em suas demandas sem reprimir seus mecanismos naturais de autorregulação. Para muitos especialistas, o segredo está em encontrar o equilíbrio perfeito entre aceitação, respeito e suporte clínico — o que torna o tema essencial para profissionais de saúde, famílias e a própria comunidade autista.

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